COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um grupo liderado por um astrônomo do Brasil pode desvendar o que leva certas estrelas, como o Sol, a abrigar planetas como o nosso, rochosos e pequenos.
Essa é a primeira grande investida brasileira na busca por mundos extrassolares com telescópios em solo.
O estudo se viabilizou graças ao acesso recém-obtido pelo Brasil para solicitar tempo de observação nos telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul).
O projeto aprovado, que pode revelar segredos sobre os planetas fora do Sistema Solar, é da equipe de Jorge Meléndez, peruano que trabalha no IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP.
ESO/Divulgação | ||
Telescópio em La Silla, localizado na região sul do deserto do Atacama, no Chile |
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
Antes de 1995, quando o primeiro planeta fora do Sistema Solar orbitando uma estrela parecida com o Sol foi encontrado, os astrônomos já desconfiavam que deveria haver muitos sistemas planetários lá fora.
Meléndez e seus colegas agora pretendem testar a hipótese de que a presença de planetas terrestres como o nosso pode estar correlacionada à composição química do Sol, que é incomum se comparada com estrelas similares, com quantidade inferior de elementos pesados como ferro e níquel.
Isso será feito com o Harps, espectrógrafo (ferramenta que decompõe a luz para analisá-la) de alta precisão do ESO que fica acoplado a um telescópio no Chile.
O grupo conseguiu 88 noites de observação, distribuídas em quatro anos, para monitorar 66 gêmeas solares --estrelas que são praticamente iguais ao Sol, em termos de tamanho e temperatura.
E, com outro telescópio, a equipe obterá informações sobre a composição desses astros, para ver como a distribuição de elementos pesados se compara à do Sol.
@acert_ com a folha
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