Dezenas de milhares de egípcios oraram nesta terça-feira na praça Tahrir, no Cairo, para celebrar o fim do mês de jejum do Ramadã. O clima festivo era reforçado por se tratar da primeira celebração dessas --chamada Eid-- desde a deposição do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro.
Khalil Hamra/Associated Press | ||
Protestantes antijunta militar manifestam depois das orações do final do ramadã na praça Tahir, no Cairo |
Milhares de pessoas, muitas delas com bandeiras egípcias, se reuniram na praça, que foi o epicentro dos protestos que derrubaram Mubarak depois de 30 anos no poder. "A praça é nossa, o país é nosso", entoou um homem antes do início das orações.
"Hoje é um dia feliz sem Mubarak. Todo mundo sabe que o Egito não voltará àquilo que foi antes do (movimento popular iniciado em) 25 de fevereiro", disse em seu sermão o xeique Mazhar Shaheen, que se tornou um pregador simbólico na praça.
"O próximo presidente deve aprender a lição do seu antecessor, porque o povo egípcio nunca mais aceitará a injustiça", afirmou Shaheen, que também pediu a Deus que ajude manifestantes na Síria e no Iêmen.
Até o ano passado, os sermões do Eid costumavam contar com a presença de Mubarak e outras autoridades, e eram transmitidos pela TV estatal. Desta vez, a emissora mesclou a cobertura da cerimônia oficial com a festa na praça Tahrir.
@acert_ com A REUTERS
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