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'Faxina' de Dilma motiva pressão por medidas anticorrupção

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA 

A "faxina" realizada pela presidente Dilma Rousseff no governo --e apoiada por um grupo suprapartidário de senadores-- motivou a pressão no Senado por aprovação de medidas anticorrupção no poder Legislativo. 

Em audiência realizada nesta terça-feira (23) no Senado, congressistas e representantes da sociedade civil cobraram a discussão e aprovação de propostas para coibir a impunidade em crimes de corrupção. 

"Trata-se de uma conjuntura que precisa ser aproveitada para não se retornar ao degrau onde estávamos há tanto tempo", afirmou Marlon Reis, representante do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. 

O juiz pediu agilidade na análise de processos que questionam a constitucionalidade da lei da Ficha Limpa no Supremo Tribunal Federal. "Nós temos uma série de questões abertas pendentes de uma decisão final do STF", afirmou Reis. 

O juiz Luiz da Rocha Neto, diretor da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), pediu ainda aos senadores atenção à chamada PEC dos recursos --proposta de emenda constitucional do presidente do STF, ministro Cezar Peluso, que considera transitadas em julgado ações em segunda instância. 

"São milhares de processos que se atrasam e se eternizam com recursos sucessivos, privilegiando aqueles que têm contas a ajustar com a sociedade", afirmou Neto. 

Idealizador do movimento suprapartidário em apoio à "limpeza" de Dilma, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a elogiar a presidente e a cobrar medidas. 

"Em seis meses, quatro ministros foram afastados. Ela está demonstrando um movimento de tomar providências na defesa da coisa pública. (...) Que a presidente continue afastando as pessoas [acusadas de irregularidades]. Que ela cumpra o que disse que ia cumprir: nomear pessoas com passado limpo", disse Simon.

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