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Financiar carro exige pesquisa fora da concessionária

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO

Financiar um carro novo na concessionária é conveniente, mas os bancos costumam ter taxas e condições melhores para os clientes, segundo pesquisa da ProTeste. 

A associação de consumidores constatou que as concessionárias trabalham com a maioria dos bancos, mas acabam sugerindo ao cliente um como sendo "mais em conta". Porém, nem sempre a indicação do vendedor é a melhor para o cliente
 
Para um Celta LT novo com preço de R$ 29.364, os juros cobrados em um financiamento de 24 meses para 60% do valor variaram de 21,96% (Banco do Brasil) a 41,59% (Bradesco) ao ano. A taxa inclui todos os custos, inclusive tarifas e impostos. 

A ProTeste simulou também o financiamento de Palio Fire, Fiesta e Gol GV. 

No levantamento, as melhores taxas e prestações foram encontradas no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal e no Santander. Só no caso do Gol, o banco Volkswagen, sugestão das concessionárias, teve taxa competitiva. 

Os preços encontrados nos sites das empresas também eram menores do que os das concessionárias. 


Editoria de Arte/Folhapress
A ProTeste recomenda que o consumidor leve as condições obtidas na loja para seu banco e negocie com o gerente uma proposta melhor do que a encontrada. 

As concessionárias e os bancos "encurtaram" os prazos das prestações após as medidas do Banco Central para esfriar o crédito, segundo constatou a ProTeste. 

A pesquisa mostra que, até o ano passado, era comum encontrar financiamentos de 72 meses, que "sumiram" em 2011. A maioria dos bancos só libera o financiamento de 60% do valor do veículo. 

Só Bradesco, HSBC e Banrisul fazem financiamento de 100% do valor do veículo, segundo o levantamento da ProTeste. A Caixa exige uma entrada de pelo menos 10% e o BB, de 20%.

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