Cerca de cem presidiários estão em greve de fome desde sábado em dois presídios de João Pessoa, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba.
O protesto acontece nas penitenciárias Romeu Gonçalves de Abrantes e Desembargador Flóscolo da Nóbrega.
Os presos reivindicam a mudança da direção dos dois presídios, o retorno de oito detentos transferidos em junho para o presídio federal de Porto Velho e o afrouxamento das regras para entrada de alimentos.
O secretário da Administração Penitenciária da Paraíba, Harrison Targino, considera que a greve de fome é uma retaliação ao diretor da penitenciária PB-1 Sérgio Fonseca de Souza. O capitão da Polícia Militar assumiu em agosto o cargo e é considerado mais duro que seu antecessor, afirma Targino.
"O Ministério Público fez um relatório este ano apontando que os presos tinham ampla comunicação com a rua e recebiam pizza lá dentro. Não permitiremos que isso volte a acontecer", diz.
Na noite de sábado, oito líderes do movimento foram identificados e isolados do grupo.
"O movimento é comandado pelas facções criminosas 'Al Qaeda' e 'Estados Unidos'. Seus líderes estão obrigando os reclusos a não comerem sob ameaça de espancamento e de morte", afirma Targino.
Apesar da tensão, as visitas familiares não foram suspensas durante o final de semana. Algumas famílias protestaram em frente aos presídios e não entraram.
@acert_com a Folha
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