Influenciadas pela onda de temor de uma recessão mundial que tomou conta dos mercados europeu e americano, as principais Bolsas asiáticas abriram com forte queda nesta sexta-feira.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio abriu em baixa de 3,4%. As Bolsas da Coreia do Sul, Austrália e Hong Kong também começaram o dia com quedas de 4%, 3,6% e 4,81% respectivamente.
Nos Estados Unidos, na quinta-feira, o índice Dow Jones recuou 4,31%, a 11.383 pontos --retornando aos patamares de dezembro --, enquanto que o Standard & Poor's 500 cedeu 4,78%, a 1.200 pontos. O Nasdaq teve desvalorização de 5,08%, a 2.556 pontos.
DÓLAR
No mercado de câmbio, um dólar estava valendo 78,94 ienes, contra 79,34 registrados nos primeiros minutos desta sexta-feira. Ontem, o BC japonês anunciou medidas para conter a alta do iene.
EUROPA
O medo que ronda os mercados é de que a economia americana volte à recessão. E que, mesmo depois do segundo resgate à Grécia e do acordo que elevou o teto da dívida americana, os governos não tenham feito o necessário para enfrentar o frágil crescimento econômico no momento que a crise da dívida europeia se deslocou para a Itália e a Espanha, economias maiores do que a grega. O temor é que a crise saia do controle.
A taxa de juros dos títulos italianos, que já está acima dos 6%, aumentou acentuadamente, agravando a preocupação sobre a situação insustentável da dívida da Itália. A taxa de juros dos títulos espanhóis também aumentou. Tal cenário se deu apesar da intervenção do Banco Central Europeu, que, pela primeira vez desde março, começou a comprar títulos em uma tentativa de evitar que a crise da dívida engula a Itália.
Os mercados esperavam alguma ação concreta do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, após as declarações de ontem em relação à piora do cenário. No entanto, eles se decepcionaram quando Berlusconi disse que os pacotes atuais eram suficientes para promover o crescimento econômico. O mercado de ações italiano abriu em alta, mas, depois, a queda foi brusca.
Como muitos bancos europeus possuem títulos de países como a Espanha e a Itália, surge a preocupação com a saúde do sistema bancário no momento em que o valor desses títulos cai. Muitos bancos europeus estão se esforçando para obter financiamento no mercado de crédito, cada vez mais caro, o que aumenta o alerta.
Nesse sentido, mais cedo, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, deixou subentendido que deve retomar o programa de compra de títulos e afirmou que a instituição vai voltar a injetar liquidez nos mercados a partir do próximo dia 9, quando emprestará recursos aos bancos em operação extraordinária.
Apesar disso, as ações dos bancos caíram vertiginosamente na Europa. A venda generalizada de ações europeias nesta semana reduziu o valor de mercado dos índices de blue chips (as principais) da Alemanha, Inglaterra, França, Itália, Espanha e Holanda em mais de 400 bilhões de euros.
Analistas destacam que mesmo que o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) utilize todos os recursos de que dispõe para apoiar os dois países, só poderá gastar no máximo 340 bilhões de euros, volume insuficiente para socorrer a terceira e a quarta economias europeia.
@acert_ com as AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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