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Restrição a religiões cresce na maioria dos países, diz estudo

DA REUTERS, EM WASHINGTON  

Quase um terço da população mundial vive em países onde está ficando mais difícil praticar religião livremente, afirmou nesta terça-feira um grupo privado de pesquisas dos Estados Unidos. 

O Fórum sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center informou que restrições governamentais e hostilidade pública envolvendo religião aumentaram em alguns dos países mais populosos entre meados de 2006 e meados de 2009, a época em que a pesquisa foi feita. 

"Durante o período de três anos coberto pelo estudo, a extensão dos abusos e violência relacionados à religião cresceu em maior número de lugares do que o daqueles em que decresceu", diz o relatório "Crescentes Restrições à Religião". 


Ulises Ruiz Basurto/Efe
Participantes vão a encontro da igreja La Luz del Mundo no México; liberdade religiosa diminuiu
Participantes vão a encontro da igreja La Luz del Mundo no México; liberdade religiosa diminuiu

Nesses anos, somente cerca de 1% da população mundial vivia em países onde houve maior tolerância religiosa, assinala o texto. 

O estudo feito pelo Pew Center em 198 países constatou que aqueles considerados restritivos ou hostis no relatório anterior tiveram o quadro piorado enquanto o oposto foi verificado naqueles com mais tolerância religiosa. 

Um aumento substancial da hostilidade pública em relação a grupos religiosos foi observado na China, Nigéria, Tailândia, Vietnã e Reino Unido, enquanto as restrições governamentais cresceram significativamente no Egito e na França. 

O Pew Center examinou leis ou outras políticas governamentais destinadas a banir determinadas crenças, limitar a prática, dar preferência a uma religião específica ou proibir conversões. 

Os países mais restritivos ou hostis em relação a certas religiões incluem Índia, Paquistão, Indonésia, Egito, Irã, China, Mianmar, Rússia, Turquia, Vietnã, Nigéria e Bangladesh --embora na maioria dessas nações não tenham ocorrido alterações nos três anos. 

Cristãos e muçulmanos, os dois maiores grupos religiosos do mundo, sofreram perseguição na maioria dos países. Fiéis de outras religiões também foram importunados. Os judeus, que perfazem menos de 1% da população mundial, foram alvo de restrições ou hostilidade em 75 países.

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